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É preciso criar um ecossistema que conecte disciplinas, centros e outras iniciativas, afirma Fábio Reis, que neste artigo detalha alguns caminhos
Publicado em 22/04/2021
O serviço de admissão em faculdades The Princeton Review publicou o ranking 2021 de instituições que possuem cursos de graduação e pós-graduação com foco em empreendedorismo. Foram consultadas 300 IES e o ranking classificou as top 50. Única instituição participante da pesquisa que não é dos Estados Unidos, a Tec. de Monterrey, do México, ficou em 5º lugar, um excelente resultado. Vejam ranking das cinco primeiras colocadas:
1º. University of Huston
2º. Babson College
3º. Brigham Young University
4º. University of Michigan
5º. Tecnológico de Monterrey
Segundo o ranking do The Princeton Review, os fatores críticos de sucesso que levam uma IES a consolidar a cultura empreendedora são três.
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Os três fatores apontados acima demonstram que ser uma instituição de ensino superior empreendedora não significa, necessariamente, ter disciplinas e centros de empreendedorismo como atividades isoladas. É preciso criar um ecossistema que conecte disciplinas, centros e outras iniciativas
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Não tenho dúvida que, no Brasil, de modo geral, os gestores querem criar ou instigar a cultura empreendedora em suas IES. Se há vontade real, invista tempo de planejamento e recursos financeiros, priorize o empreendedorismo e evite ações fragmentadas.
Na atualidade, os gestores estão preocupados em manter a sustentabilidade da IES, o que é necessário em tempos de crise. Todavia, é um erro focar apenas no cotidiano, sem priorizar o que levará a IES a obter sucesso nos próximos anos.
Oferecemos atividades de empreendedorismo sem nexo com o mundo dos negócios e organizamos centros de empreendedorismo com pouco impacto institucional. Estas iniciativas são bem-vindas, mas não bastam. É preciso ter visão estratégica e saber institucionalizar a cultura empreendedora.
Nas campanhas de processo seletivo, prometemos aos estudantes um futuro próspero, a realização dos sonhos e a possibilidade de emprego. A concretização das nossas promessas dependerá do perfil do modelo acadêmico. Não basta dar o diploma aos estudantes em uma cerimônia de formatura, pois estaremos apenas diplomando em uma escala industrial. Não acredito em modelos inconsistentes de empreendedorismo e de inovação.
Faço uma “profissão de fé”: eu acredito no modelo acadêmico da Tec. de Monterrey, que é um celeiro de talentos, uma incubadora de ideias e uma instituição que sabe transferir conhecimento. A Unicesumar assinou um acordo de cooperação com a Tec de Monterrey. Tenho boas expectativas com os resultados da cooperação.
*Fabio Reis é diretor de inovação e redes do Semesp, diretor de inovação acadêmica da Unicesumar, presidente do Consórcio Sthem Brasil, professor do Unisal e pós-doutorando em Políticas Públicas pela Universidade de Coimbra.
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