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Reitor da Saint Paul, Adriano Mussi avalia o ‘Relatório do futuro do trabalho’ e compartilha dicas para se manter relevante no mercado
Publicado em 15/01/2021
Oferecer caminhos que façam sentido para o desenvolvimento pessoal e profissional de cada indivíduo e acompanhar um mercado em evolução acelerada são alguns dos objetivos que levaram o LIT, plataforma digital de educação executiva da Saint Paul Escola de Negócios, a oferecer cursos, trilhas e aulas ao vivo com foco no reskilling, ou seja, no aprendizado das competências e habilidades essenciais e urgentes para um novo cenário corporativo.
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De acordo com o Relatório do futuro do trabalho do Fórum Econômico Mundial, divulgado em outubro de 2020, a pandemia acelerou ainda mais a disrupção nos negócios e o novo mercado exige que o profissional seja dono de skills que irão impactar no seu futuro. O estudo, que entrevistou mais de 7,7 milhões de executivos em 26 países e nos mais variados setores da indústria, também chama a atenção com a previsão de 85 milhões de empregos extintos e a geração de 95 milhões de novos empregos.
Para Adriano Mussa, cocriador e diretor acadêmico e de inteligência artificial do LIT — além de reitor e sócio da Saint Paul —, a pesquisa revela o impacto direto dessas mudanças nos empregos existentes, e na necessidade do desenvolvimento de competências diferentes para se manter relevante na nova economia.
Segundo o diretor, as tendências citadas no estudo estão interconectadas com diversos segmentos da indústria e demandam que os trabalhadores estejam preparados com as competências transversais que surgem em cada área de atuação.
“A gente já vinha presenciando uma disrupção nos negócios muito forte nos últimos anos. Vimos empresas que romperam com os setores da hotelaria, transporte, alimentício e educação. Metodologias ágeis de trabalho foram definidas para modificar a maneira que fazemos negócios e isso impactou nosso ‘modus operandi’. Dessa forma, não precisamos mais esperar o futuro chegar, pois já estamos o vivenciando. Agora, com o rompimento de alguns setores, é preciso encontrar formas de já estar pronto e se manter relevante no mercado de trabalho com novos skills”, explica.
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Após uma análise cuidadosa na categoria “Top Competências” — citadas no relatório —, o professor preparou algumas dicas para quem tem dúvidas sobre as mudanças que as profissões estão passando, técnicas de aprendizagem e onde dedicar esforços nos próximos meses. Confira:
Com a pandemia, 80% das pessoas entrevistadas no levantamento apresentaram incompatibilidade no modelo home office, seja por falta de ferramentas ou pela área da indústria em que estão inseridas. Desta forma, a aceleração da digitalização nas empresas deu um salto: 84% dos empregadores confirmam que houve aumento no uso de novas tecnologias que permitam que as tarefas sejam feitas de maneira automatizada e remota.
Segundo o professor, é preciso fazer uma análise minuciosa de quais tecnologias atendem o setor que o profissional está inserido e incluir ferramentas que facilitem e otimizem as atividades do dia a dia.
“Neste ponto, podemos destacar o uso de tecnologias que acompanham essa disrupção, como o uso de analytics e cloud, com 97% das empresas afirmando que irão investir nessas ferramentas nos próximos anos, cyber segurança e inteligência artificial (94%) e internet das coisas (91%)”, comenta.
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Das “Top 15 Competências” reveladas, mais de um terço estão representadas por habilidades e competências relacionadas à soft skills, que são desenvolvidas pelo próprio indivíduo por exigirem um alto nível de interação social e alta necessidade de criatividade.
Neste caso, técnicas de inovação e aprendizagem ativa são alguns dos caminhos para estar preparado em situações que demandam tais habilidades, como pensamento crítico, inovação, liderança e influência social: “O machine learning ensina a máquina porque ela tem um aprendizado condicionado. Nós, como humanos, precisamos acelerar o nosso processo de aprendizagem para que problemas complexos sejam solucionados por nós”, afirma.
Outro dado em destaque aponta que 84% das empresas esperam que os seus colaboradores desenvolvam as novas competências por conta própria. Para isso, 62% dos colaboradores das empresas receberam treinamento, mas apenas 42% (o equivalente a 26% deste total), fizeram os processos de reskilling. Para Mussa, com o investimento em tecnologias, novas competências surgem e em uma janela única de oportunidades.
É preciso ser ágil e lembrar que educação é o único caminho para a coesão social e o sucesso econômico: “apenas 37% dos trabalhadores têm as competências digitais mínimas requeridas para a ‘nova economia’ e, por conta da baixa similaridade com outras competências já existentes no mercado, o tempo médio para se desenvolver uma nova competência aumentou. No caso de machine learning, por exemplo, são necessários cerca de 80 dias de treinamento para desenvolver essa nova competência, uma vez que as competências mais velhas exigem em torno de 40 dias”, finaliza.
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