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NOTÍCIA
Coletânea reúne relatos de pesquisa sobre ensino e aprendizagem na EJA
Publicado em 06/09/2013
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O primeiro capítulo, escrito pelo próprio organizador, traz um cenário bastante completo e atualizado da situação da EJA no Brasil. Além disso, Leite define conceitos como letramento – em linhas gerais, um trabalho de ensino que considera as práticas sociais de leitura e escrita como objeto de conhecimento a ser aprendido pelo aluno em contraposição à decifração de um código – e afetividade – elemento que pode marcar a relação sujeito-objeto-mediador positiva ou negativamente.
Nos demais capítulos, a riqueza de detalhes na descrição dos procedimentos de pesquisa confere ao leitor conhecimentos secundários de como empreender uma investigação científica no campo das práticas pedagógicas. Chamam a atenção algumas metodologias utilizadas: a autoscopia – por meio da qual Daniela Gobbo Donadon Gazoli gravou aulas em vídeo, exibiu para os próprios alunos filmados e coletou os depoimentos dessas pessoas assistindo a si próprias – e o estudo etnográfico da professora-pesquisadora Lúcia Maria de Santis Barella, que analisou sua própria prática em sala de aula, experiência mostrada na última parte do livro.
Os relatos explicitam que, se por um lado, a dimensão afetiva não pode ser ignorada pelo professor que deseja que seus alunos aprendam, por outro, ela sozinha não gera aprendizados e sim, laços afetivos, apenas. O equilíbrio, portanto, entre razão e emoção é condição indispensável para a efetividade da prática pedagógica em EJA e nas demais modalidades de ensino.
Para Paulo Freire, “se a educação sozinha não muda o mundo, sem ela, tampouco, o mundo muda”. Parafraseando o educador e pensador brasileiro, esse livro nos leva a concluir que se a afetividade positiva sozinha não garante aprendizagem, sem ela, tampouco, o sujeito aprende.
Paula Takada é mestre em Comunicação Popular, especialista em Alfabetização pelo Instituto Superior de Educação Vera Cruz e professora em EJA.