NOTÍCIA
Selecionados por edital para representarem cursos da Unifeob, alunos-embaixadores atuam como peça-chave da instituição
Publicado em 06/08/2024
Pode o corpo discente funcionar como pilar estratégico de uma instituição? A resposta é sim. E quem experiencia esse potencial na prática é o Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob) que, ao integrar estudantes no marketing, garante sucesso na permanência e na captação de novos alunos.
Por meio de edital, a Unifeob dá aos alunos a oportunidade de atuarem como embaixadores da instituição. A atividade envolve ações externas como palestras em escolas, empresas e outros eventos em que a IES é convidada para se comunicar com o público. Segundo Tharcila Camargo Buzon, coordenadora de relacionamento da instituição, os embaixadores têm autonomia para discursar. “São eles que tocam. Nós montamos a estrutura dos estandes e os embaixadores levam ideias e materiais para apresentar. Ficam encarregados de explicar sobre o seu curso e tiram as mais variadas dúvidas.”
Atualmente, 18 embaixadores representam os diferentes cursos ofertados pela Unifeob. Com maior atuação nas escolas, o time visita as instituições da região com uma grande oportunidade de captação em mãos. “No último ano de ensino médio, boa parte dos alunos não sabem bem o que querem. É uma oportunidade de ajudá-los. Se o aluno está em dúvida e o embaixador tem informações para o convencimento, pode levá-lo a ingressar em seu curso. Então eles criam táticas nessas visitas, pedem para serem seguidos no Instagram, entre outras”, explica a coordenadora.
“Os embaixadores também cuidam dos estudantes que entram. Há um trabalho de acolhimento com novos alunos, além de entrarem em contato com aqueles que prestaram vestibular mas que ainda não se matricularam. Participam do nosso CRM para converter esse aluno e depois recebê-lo da melhor forma possível, apresentando a estrutura do campus, pensando em dinâmicas de integração e promovendo outras atividades como festas”, acrescenta.
Rafael Eduardo Fosaluza da Silva, de 20 anos, é aluno e embaixador do curso de nutrição. Ele conta que, na área acadêmica, os estudantes são acompanhados durante toda a graduação. “Auxiliamos no acesso às plataformas e encaminhamos documentos. Se há alguma dificuldade em avaliação, também estamos lá para ajudá-los”, relata.
“Somos o braço direito da coordenação, do marketing e do comercial. Somos como uma engrenagem”, acrescenta Douglas Kuzuhara, 27, estudante de biomedicina e embaixador dos cursos de ciências biológicas e de biomedicina há mais de um ano. “Enquanto alunos, temos esse poder mais fácil de persuasão, então o nosso momento ideal de atuar é na captação”, afirma.
Os embaixadores desenvolvem ainda os certificados de participação em eventos e cuidam dos perfis de cada curso no Instagram. O trabalho é remunerado com pagamentos no valor da mensalidade.
Para Tharcila, o trabalho desempenhado pelos embaixadores é fundamental para garantir a permanência dos demais. “Quando um aluno decide deixar o curso, muitas vezes chega até nós como uma decisão tomada por motivos financeiros, mas isso é muito genérico. Queremos saber qual o real motivo para que possamos fazer de tudo para mantê-lo”, diz
“Se for necessário, conseguimos encaminhar esses alunos para o nosso núcleo pedagógico ou, em casos mais graves, para a clínica de psicologia”, acrescenta Kuzuhara. “Conseguimos fazer essa ponte e entendê-los. E, na maioria das vezes, eles se abrem, muitos nos comunicam o que está acontecendo. É uma coisa que eles não fazem com os professores e nem com a coordenação.”
A iniciativa da IES antecede a pandemia e, de acordo com Tharcila, o resultado foi imediato. “As ações em escolas sempre existiram, mas com professores e coordenadores. Era mais difícil por conta das agendas. Até que alguns professores começaram a chamar alunos e notamos que, com os estudantes, o resultado era diferente. A linguagem é outra e, quando alunos se comunicam, a comunicação flui de maneira mais natural. Percebemos então que os cursos representados por estudantes conseguiam maior atração”, relata.
Para os embaixadores, o projeto é também oportunidade de crescimento profissional. “Aprendemos a nos comunicar melhor e conseguimos conciliar tudo, porque o que aprendemos no curso é colocado em prática nas atividades”, destaca Rafael Eduardo Fosaluza da Silva.
“Ser embaixador permite que nos desenvolvamos como líderes. Deixo a palavra ‘embaixador’ de lado e encaro como líder, porque aprendemos a lidar com esse público de 300 a 500 alunos”, complementa Kuzuhara, que se inscreveu para o estágio com foco na liderança. “E pela oportunidade. Isso é sensacional para o currículo, temos muitas chances aqui dentro”, defende.
O programa de relacionamento acontece durante o ano inteiro junto às escolas de São João da Boa Vista, no interior paulista, e mais 20 municípios na região. Em 2023, a Unifeob obteve 1700 testes vocacionais, realizados em 27 escolas de 12 cidades; promoveu 53 palestras em 32 escolas de 12 cidades, e 22 feiras de profissões em 22 escolas de 12 cidades, alcançando cerca de 5 mil alunos.
Neste ano, até o momento, 1650 testes vocacionais já foram realizados, além de 22 palestras e 20 feiras de profissões.