NOTÍCIA
É o professor quem coloca o projeto acadêmico em prática fazendo a diferença no processo de formação pois, tecnologias à parte, esse fenômeno ainda é humano
Publicado em 02/03/2022
É no que acredita o Consórcio Sthem Brasil, rede formada atualmente por 64 IES públicas e privadas do país, de diferentes portes, motivadas a instigar a mudança de mindset de docentes e gestores em prol da melhoria do aprendizado e do avanço do Brasil nas áreas de ciência, tecnologia, humanidades, engenharia e matemática. “São pessoas que querem repensar sua prática docente e gestores que não só declaram apoio à capacitação, mas estão dispostas a investir verdadeiramente nisso”, diz o presidente do Consórcio, Fabio Reis.
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Diga-se de passagem, esse investimento é alto. As parcerias com instituições mundialmente renomadas e referenciais em inovações como MIT, Harvard, Tec de Monterrey, entre outras, geram custos anuais de contratos que podem chegar aos US$80 mil. “Que instituição teria condições de investir sozinha 80 mil dólares só em capacitação de professores e gestores? Mas 64 IES juntas conseguem levantar recursos para ter acesso ao que há de melhor no mundo”, defende Reis.
“Que IES teria sozinha condições de investir R$80 mil só em formação docente?”
Ainda segundo ele, desde a fundação do Sthem, foram cerca de 4 mil docentes que passaram pela formação direta. Indiretamente, isso representa 135 mil professores e mais de 1 milhão de estudantes impactados pelo trabalho do consórcio. “O intuito é dar esse efeito multiplicador, quem aprende aqui, tem que se comprometer a replicar”, enfatiza. “Os professores selecionados para fazerem formação fora, fazem uma adaptação do conteúdo aprendido para nossa realidade. Uma de nossas professoras, por exemplo, fez a formação pelo MIT, um laboratório de inovação em educação e desde então ela é a responsável por organizar os seminários e programas para o corpo docente da IMED”, explica William Zanella, vice-presidente de operações da instituição que fica em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
A parceria do Sthem com instituições internacionais enriquece o currículo em inovação, mas apesar disso, não gera dependência delas como única fonte de conhecimento. A rede também se mobiliza em grupos de trabalho que desenvolvem pesquisas a partir de demandas externas (mudanças no mundo) e internas (necessidade das instituições). Atualmente a rede conta com dois grupos tocando trabalhos sobre ensino híbrido e inteligência artificial (IA), dois dos temas mais debatidos sobre aprendizagem nos últimos anos. As pesquisas em IA por exemplo, conta com apoio do Google, que abriu acesso gratuito às suas plataformas a fim de motivar o desenvolvimento de projetos exclusivos no Brasil.
William Zanella destaca que um dos benefícios mais palpáveis na IMED, a partir da sua associação à rede, é ter tido um dos menores índices de evasão do país durante a pandemia (sem citar dados), por ter um projeto pedagógico forte, voltado para metodologias ativas e formação empreendedora; know-how que ele atribui ao consórcio. “Essa troca com professores de Harvard e MIT, é um canal de informação e atualização sobre as melhores práticas no ensino superior do mundo, em todos os aspectos”, acrescenta.
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