NOTÍCIA
Recém-reconhecida com status de universidade, a instituição comemora o alcance do objetivo traçado há 74 anos, e trabalha na restruturação de pensamento, para entre outras coisas, não depender apenas das mensalidades. O ministro da Educação entregou ofício pessoalmente em Anápolis
Publicado em 15/07/2021
Em 1947, nove líderes evangélicos de cinco igrejas criaram em Anápolis, Goiás, a Associação Educativa Evangélica, com o objetivo de atuar na educação rural e urbana, adquirindo logo em seguida o Colégio Couto de Magalhães. Passados 74 anos, chega-se à Universidade Evangélica de Goiás, e mais seis faculdades e três colégios, do infantil ao ensino médio, num total de 15.000 alunos. Tradicional na cidade de Anápolis e região, a busca agora é para ser uma das mais importantes do estado.
Leia: Trevisan vira 100% digital e pode indicar caminhos
O ministro da educação, Milton Ribeiro, foi a Anápolis entregar o ofício com a portaria nº 351, de 27 de maio de 2021, que conferiu à UniEvangélica o status de universidade. Na ocasião, o ministro, que é pastor da igreja presbiteriana, exaltou o credenciamento universitário. “Quando um centro universitário passa de categoria, ele toma um novo status, até mesmo o reitor. Então, ela vai se abrigar agora em temas de pesquisa, de pós-graduação e extensão e, assim, dar esse status a todos os alunos que agora vão se formar aqui”, destacou. “Isso é histórico”.
“Por que se transformar em universidade? Porque julgamos que essa é nossa contribuição para a sociedade. Embora mestrado, doutorado e pesquisa sejam atividades deficitárias, são necessárias para o pleno desenvolvimento do país”, diz Augusto Ventura, chanceler e presidente da Associação Educativa Evangélica.
Essa missão é também o que norteou a manutenção e ampliação do curso de pedagogia, diz ele. “Se nós somos uma instituição de ensino, manter pedagogia é incentivar os jovens a lecionarem.
Mantemos o curso por julgarmos importante para a cidade e o país”. A preocupação com a qualidade do ensino perpassa toda a instituição, comprovada pela nota 5. “Temos compromisso com o ensino de qualidade para a região de Goiás e Mato Grosso. E para ampliar as oportunidades, o recurso é o crescimento do ensino a distância, sempre resguardando nosso legado de uma educação inclusiva e de qualidade”.
Com esse novo status, a universidade parte agora para jornada de mudança cultural. Vai em busca dos ex-alunos para, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, conseguir recursos para o financiamento de projetos específicos. “Então, quando fizermos um projeto de extensão que envolva recursos, por que um egresso nosso, que tenha obtido êxito na vida profissional, não pode contribuir? Esse é o pensamento que estamos estruturando para não ficar dependendo só de mensalidade. Se tivermos êxito nessa captação vamos continuar fazendo a educação de qualidade sem precisar necessariamente de aumentar as contribuições dos estudantes”, esclarece Augusto Ventura.
Na cerimônia da mudança para universidade, Augusto Ventura falou que “é um dia de alegria, de emoção e de celebração. O Salmo 126:3 diz: ‘Grandes coisas fez o senhor por nós, por isso nós estamos alegres’. E, de fato, é um dia de alegria. Nós esperamos essa data já por muito tempo”. Agora sentem-se preparados para continuar com o objetivo de preparar o estudante para desenvolver liderança, pensamento crítico e se destacar em um mercado de trabalho inovador e competitivo.
“Podemos comemorar, com muita gratidão a Deus, a Universidade Evangélica de Goiás, a Deus toda honra e glória”, afirmou ainda o reitor Carlos Hassel Mendes. Ele destacou os investimentos institucionais em estrutura que garantiram o crescimento da UniEvangélica, assim como projetos de ensino, pesquisa e extensão que levaram a instituição a passar de centro universitário para universidade. Atualmente, a Universidade Evangélica de Goiás possui quatro mestrados e um doutorado em andamento.
Durante a década de 1960, no contexto da interiorização do desenvolvimento provocado pela transferência da capital federal para a Região Centro-Oeste, e a partir da abertura propiciada pelo governo federal para o credenciamento de novas Instituições de ensino superior, a Associação Educativa criou, em 1961, seu primeiro curso superior, com a Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão, com a oferta dos cursos de letras, história, geografia e pedagogia, em Anápolis, a primeira IES no interior de Goiás.
O vice-presidente da Associação, Ernei de Oliveira Pina, disse tratar-se de “um momento de muita emoção. Estamos aqui honrando a história de homens e mulheres que, há várias décadas, lançaram as bases para que a universidade evangélica deixasse de ser um sonho. Damos graças a Deus por aquelas pessoas que lançaram a pedra fundamental dessa magnífica instituição”. Agora é enfrentar os novos desafios.
A IES que pautou o mercado nacional
Novo presidente enfatiza “padrão Mackenzie de ser”