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Gestão

Ameaças de ataque às IES colocam instituições em alerta

Centro Universitário São Camilo, Belas Artes, Mackenzie e Fundação Santo André adotam reforço na segurança dos campus. Instituto Mauá de Tecnologia opta por manter as atividades normalmente

Publicado em 12/04/2023

por Gustavo Lima

Ameaças às IES Ameaças acontecem de forma anônima, em especial, nas redes sociais

O crescente número de ameaças de ataques às instituições de ensino colocaram os gestores em alerta. Por precaução ou por pressão dos estudantes e de seus familiares, as instituições adotaram medidas para garantir a segurança dos alunos e funcionários. À Ensino Superior, gestores comentaram os protocolos em andamento nesta quarta-feira, 12 de abril, data em que houve a concentração de parte das ameaças.

Carlos Ferrara, pró-reitor acadêmico do Centro Universitário São Camilo, informa que o sentimento nos corredores é de apreensão e, para evitar um estado de pânico, a instituição optou pela não suspensão das aulas. O centro universitário, no entanto, adotou uma flexibilização, suspendendo avaliações que aconteceriam nesta quarta, bem como a lista de presença. Ferrara conta que uma baixa na frequência do corpo discente pode ser notada no campus. “Há uma média de 10 a 15 alunos em cada sala que, normalmente, chegam a 50 alunos. Houve uma redução bem drástica”, diz. 

No Centro Universitário Belas Artes, as aulas seguem em andamento. Josiane Tonelotto, superintendente acadêmica da instituição, também descreveu uma inquietação entre os estudantes. “Como hoje era um dia de prova e nós temos alguns alunos que estavam apreensivos demais, nós alteramos a data da avaliação, mas a frequência foi apurada normalmente para que o aluno também perceba que há uma série de consequências para suas escolhas”, declara. A superintendente afirma haver uma série de protocolos em vigor na IES.

 

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Além de um reforço na segurança, o Belas Artes monitora as redes sociais – ambiente em que as ameaças se fazem mais presentes. Josiane explica que, até o momento, duas publicações relacionadas ao centro universitário foram identificadas. “Uma delas tinha um teor de cuidado, pedindo para que os alunos se cuidassem porque haveria um ataque no dia 12 de abril. A outra é uma ameaça para o dia 20, fazendo um paralelo com o massacre de Columbine”, relata. A superintendente chama a atenção para a dificuldade de se identificar a fonte do conteúdo que tem circulado entre os alunos. “Abrimos um canal de comunicação direta para que todos os alunos e pessoas que se sintam ameaçadas ou em uma situação desconfortável, procurem a segurança e os coordenadores”, conta.

Os protocolos de segurança adotados na instituição não estão detalhados nesta reportagem por determinação das IES. Todavia, Josiane evidencia que o Belas Artes está preparado para que, no surgimento de situações de urgência, diferentes procedimentos entrem em ação.

Segundo Rodrigo Cutri, reitor da Fundação Santo André, a frequência dos estudantes não está fora do convencional. Na terça-feira, 11 de abril, a Fundação deu início aos procedimentos de checagem documental de alunos e de terceiros para a entrada no campus. “Temos procurado passar tranquilidade aos estudantes”, pontua o reitor.

No Instituto Mauá de Tecnologia, as atividades foram mantidas normalmente. De acordo com Marcelo Nitz, pró-reitor acadêmico do IMT, a instituição não reconhece as ameaças como verídicas. “Não há nenhuma evidência de que haja veracidade nessas notícias. Nossa primeira medida é tranquilizar as pessoas que nos procuram. Temos um campus seguro e com vigilância, além disso, o Instituto não foi diretamente ameaçado”, destaca.

 

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Em nota, o Instituto Presbiteriano Mackenzie informa que acompanha os casos de atentados e que reforça a segurança com a contratação de mais profissionais, além de novas e mais rígidas formas de acesso às unidades, como rondas periódicas e monitoramento por câmeras de segurança.

O Semesp publicou, nesta quarta, um comunicado sobre a situação, no qual recomenda que as IES sigam com mais rigor os protocolos de segurança, limitando as visitas aos campi e reforçando a vigilância nas imediações e dentro das instalações. O SinproSP também se posicionou, reafirmando sua convicção humanista e civilizatória: “No Brasil democrático que recuperamos e estamos reconstruindo, escolas precisam também voltar a ser universos de afetos, de encontros, de diálogos, de abraços, do exercício da solidariedade, tolerância e empatia, da gestão participativa, da rebeldia criativa e emancipatória”.

Autor

Gustavo Lima


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