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Formação

Novo pacto social pede educação ao longo da vida

Acompanhe a cobertura da 3ª Conferência Mundial do Ensino Superior da Unesco com curadoria dos temas discutidos. Evento acontece entre 18 e 20 de maio, na Espanha

Publicado em 18/05/2022

por Luciana Alvarez

educação ao longo da vida Foto: divulgação/Unesco

Por Luciana Alvarez, de Barcelona – Uma tendência observada em todo mundo é que as universidades estão gradualmente deixando de ser apenas locais para preparar os jovens para entrar no mundo do trabalho e tornando-se espaços para o aprendizado ao longo de toda a vida. As transformações pelas quais a sociedade passa exigem que as instituições de ensino superior se voltem cada dia para a missão de promover aperfeiçoamentos, especializações ou dar novas formações a quem já está no mercado de trabalho. 

Leia: Lifelong learning cria mercado para IES

David Atchoarena, diretor do instituto da Unesco para o chamado LLL – Life Long Learning (aprendizado por toda a vida), apresentou os resultados de uma pesquisa global sobre o tema durante o primeiro dia da Conferência de Educação Superior da Unesco 2022 (WHEC, na sigla em inglês). 

Entre as convergências encontradas, uma chama atenção: em todo o mundo, até mesmo em países que contam com grande financiamento público do ensino superior, o financiamento desses cursos é feito majoritariamente pelo pagamento de mensalidades pelos estudantes. “Mostra que temos de pensar em esquemas para apoiar esses estudantes. A maioria das IES contam com parcerias com empresas, mas de forma pontual. Talvez exista espaço para aprofundar a colaboração com atores locais”, ponderou. 

educação ao longo da vida
Foto: divulgação/Unesco

Caso de sucesso

Em alguns casos, contudo, o poder público também toma a dianteira no processo. A cidade de Shangai, na China, tomou uma decisão estratégica de se tornar uma “cidade aprendiz” e, para isso, estabeleceu acordos com as universidades locais. Wei Jia, presidente da Universidade Aberta de Shangai, que participou do evento por videoconferência, contou que hoje o objetivo da sua instituição é promover formas flexíveis de educação. “Para desenvolver a cidade, precisamos ter ofertas para aprendizes de todos os backgrounds”, explicou. 

A instituição está de fato se transformando. Tem uma plataforma de créditos de LLL, para que as pessoas possam quantificar o quanto têm aprendido ao longo dos anos. Conta ainda com pesquisas constantes, para avaliar o que a sociedade precisa – são 51 programas atualmente. O campus universitário teve também que “crescer”: hoje há 44 centros de estudos da universidade espalhados por Shangai.

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Autor

Luciana Alvarez


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