NOTÍCIA
Atualmente, 77% dos professores brasileiros estão em nível intermediário, revelou primeiro relatório de 2020 coordenado pela MetaRed. Saiba como participar da 2ª Avaliação das Competências Digitais dos professores
Publicado em 25/04/2022
“É inimaginável que no atual contexto, professores enfrentem dificuldades para acessar ferramentas de ensino digital, bem como os meios tecnológicos”, disse o CEO da Universia Brasil, Anderson Pereira, em mesa redonda online, organizada pela MetaRed, nesta segunda-feira, 25. Na ocasião, gestores e docentes de instituições públicas e privadas se reuniram para discutir competência digital e o legado do ensino remoto emergencial.
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Para a segunda edição da Avaliação das Competências Digitais dos Docentes do Ensino Superior Brasileiro, espera-se ainda maior maturidade tecnológica da categoria que, atualmente, conta com 77% em nível intermediário, transitando para o especialista.
O novo levantamento, autoavaliativo, é coletado pela ferramenta DigCompEdu, da Join Research, da Comissão Europeia, incorporará agora uma nova área ao questionário, dedicada à educação aberta – movimento que hoje combina a tradição de partilha de boas ideias entre educadores com a cultura digital, baseada em colaboracão e interatividade.
Os resultados serão ainda compartilhados na 2ª Conferência Mundial de Educação Superior, representando o Brasil, informou a presidente da MetaRed e Semesp, Lúcia Teixeira.
O vertiginoso crescimento do ensino a distância em detrimento do presencial após a pandemia, permitiu que o setor assista o curso de uma transformação interna e da sociedade como um todo, o que pressupõe uma maior maturidade digital em todos os setores. Mas no que diz respeito à educação superior, muitos aspectos ainda precisam de atenção.
A reitora Joana Angélica, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), indaga, por exemplo, se é realmente possível oferecer ensino a distância de qualidade. “É preciso se debruçar de verdade sobre isso de forma permanente e não mais encarar sobre a instância emergencial”.
A acadêmica destaca ainda que existe uma postura defensiva por parte das instituições federais, no que diz respeito às mudanças, a fim de manterem seu caráter tradicionalista e posição como centro da geração de conhecimento, mas que, contudo, a discussão sobre transformação digital e seus aspectos, bem como a competência digital dos professores, etc., também ocorre, orquestrada pelo MEC e órgãos específicos.
Para Vidal Martins, reitor da PUC-PR, é possível sim oferecer EAD de qualidade, desde que seja considerado o fator interação, para ele, um dos aspectos que precisam ser melhorados e observado pelas empresas de tecnologia educacional. “A interação que é essencial para conviver e aprender com outras visões e pontos e vista”, diz.
Martins acrescenta que a competência digital não deve dar foco somente ao uso das ferramentas e da tecnologia, mas em como entregar uma educação de qualidade por meio dela.
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Participe da 2º Avaliação de Competência Digital dos Docentes Brasileiros:
www.semesp.org.br/avaliacao-competencias-digitais-dos-docentes
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