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Especialista em gestão de carreiras diz que falta competência comportamental no mercado. Saber trabalhar em equipe e ter pensamento crítico estão entre as principais habilidades exigidas
Publicado em 20/01/2021
O país registrou no último ano 14 milhões de pessoas desempregadas. É a maior taxa recorde já divulgada pelo IBGE. Por outro lado, as empresas reclamam de dificuldades na contratação. “O maior problema não está na habilidade técnica do profissional, mas sim, na comportamental” explica a especialista em gestão de carreiras, Erika Linhares.
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Uma pesquisa realizada pela Gama Academy, uma das maiores startups de educação do país, revelou que para 52% das empresas, a falta de competência comportamental no mercado está entre as maiores dificuldades de contratação.
“Essas habilidades não são mais um desejo, elas passaram a ser essenciais em um mundo novo, para o mercado novo, para o funcionário e a empresa prosperarem. O mundo dos negócios não é mais o mesmo e as exigências dos cargos do mercado também não”, reflete a executiva.
Se antes a principal preocupação era a capacitação técnica, hoje, contudo, a comportamental anda de mãos dadas com tal quesito. “Temos que aprender e desaprender o tempo todo. As corporações já perceberam que um grande diferencial da economia do futuro é ter pessoas que fazem a diferença. E pra fazer essa diferença precisamos, sobretudo, desenvolver as habilidades comportamentais. São necessários profissionais que saibam resolver problemas com iniciativas criativas e que saibam trabalhar em equipe, por exemplo”, ressalta Erika Linhares.
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Na mesma pesquisa, um levantamento aponta ainda que as cinco principais habilidades exigidas pelo mercado são: trabalho em equipe, capacidade de resolução de problemas, pensamento crítico, proatividade e criatividade.
“Tá aí a grande dificuldade: nada adianta ser fera em matemática, desenvolver um software ou falar vários idiomas, se o funcionário é incapaz de conversar. Pessoas continuam achando que essas habilidades comportamentais não podem ser desenvolvidas, mas isso é uma inverdade”, finaliza a empresária.
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