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Sob a coordenação de Flavio Rossi, alunos do Unisal (Americana) compreendem a importância de acolher e apoiar estrangeiros
Publicado em 07/08/2019
O grande terremoto que abalou o Haiti em 2010 gerou uma grande instabilidade social e política no país, e levou milhares de pessoas a se mudar principalmente para o Brasil. Assim sendo, eles se espalharam por várias cidades e regiões em busca de emprego e segurança social. A região de Americana, no interior de São Paulo, foi uma das escolhidas em função do elevado número de indústrias.
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De acordo com Flavio Rossi, representante da Extensão do campus de Americana do Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), a cidade chegou a receber em torno de 100 haitianos por mês em 2015, e suas demandas não se limitavam à conquista de um emprego.
Dessa forma, a comunidade acadêmica do Unisal se sensibilizou com a situação deles e, sob a coordenação de Rossi, começou a oferecer aulas de português para os recém-chegados. Aliás, foram os alunos de Pedagogia e Psicopedagogia que desenvolveram a metodologia do curso, realizado até hoje para mais de cem imigrantes.
Hoje, o programa de ajuda aos haitianos também envolve os alunos de Psicologia, Direito e Administração. Logo, os primeiros oferecem atendimento psicológico, enquanto os futuros advogados dão consultoria sobre direitos trabalhistas, além de defenderem publicamente casos como o de uma gestante que foi demitida – o juiz deu ganho de causa para a mulher. Já os estudantes de Administração dão orientação de carreira e colocação profissional.
“Esse trabalho teve um desdobramento muito grande e recebeu todo o apoio dos alunos e da própria instituição, que deu bolsas de estudo aos alunos envolvidos nas aulas de português”, relata. “Agora haverá um segundo programa de bolsa, desta vez para os alunos de Ciências Contábeis que participarem do projeto de incubação de empresas”, adianta. Esse projeto vai dar assessoria aos haitianos que quiserem montar um negócio, e será desenvolvido ao longo de 2019.
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