NOTÍCIA
Centro Universitário Newton Paiva (MG) e Facens (SP) são algumas das instituições que estão trabalhando com a Aceleradora de Carreiras
Publicado em 22/02/2019
Lançada há apenas alguns meses, a plataforma Aceleradora de Carreira já despertou o interesse de oito instituições de ensino superior, entre elas o Centro Universitário Newton Paiva, a Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens) e o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).
A atratividade é compreensível: o programa trabalha a empregabilidade dos alunos, algo que interessa não apenas aos estudantes, mas também às IES e aos empregadores.
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Startup desenvolve sistema para evitar a evasão de alunos
Sobretudo, de acordo com Fernanda Verdolin, fundadora e diretora executiva da edtech, a inserção do aluno no mercado é trabalhada de diversas formas.
Além do tradicional currículo e do contato com as empresas – a plataforma é conectada ao LinkedIn –, há trilhas de aprendizagem para os alunos desenvolverem as chamadas soft skills (como a capacidade de solucionar problemas, se relacionar e ter empatia), muito valorizadas pelos empregadores, pontua a executiva.
A plataforma também oferece testes comportamentais e, para os alunos que ainda não ingressaram no ensino superior, informações que os ajudem a verificar se seu perfil é compatível com as matérias do curso e com o mercado. Dessa forma, esse passo é fundamental para diminuir a evasão, uma vez que muitos alunos abandonam os estudos por falta de afinidade com o curso, afirma Verdolin.
Aliás, a fundadora da startup atuou na Totvs em 2006 implantando CRM e outras ferramentas tecnológicas. Por volta 2010, recebeu o desafio de levar seu olhar tecnológico e de marketing para o Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm), Minas Gerais, onde atuou por quase dez anos na área de captação e retenção de alunos.
Verdolin confessa que sentiu um baque nessa transição, pois notou como o setor de educação é mais fechado para as novas abordagens de tecnologia e gestão.
Assim sendo, no centro universitário ela também deu aula de Administração e foi no contato direto com os alunos que notou que faltava algo para a formação deles. Entretanto, nesse período conheceu a tese de doutorado da psicóloga Elziane Campos sobre a formatação de um programa de carreiras transversal para promover a empregabilidade dos universitários, com destaque para as competências socioemocioanais.
Dessa maneira, Fernanda testou a tese de doutorado da psicóloga com seus alunos e, juntas, perceberam que deveriam unir as competências de marketing educacional de uma com as competências educacionais e de carreiras da outra. E assim, Elziane virou sócia de Verdolin e criaram a Aceleradora de Carreiras.
No ano passado, a empresa foi adquirida parcialmente pela 3XBIT, plataforma digital brasileira de criptomoedas. A saber, o objetivo foi trazer velocidade no desenvolvimento de seus produtos com a tecnologia blockchain, em que a 3XBIT é especialista.
Em resumo, não é necessário baixar o software, que possui dois módulos, o de captação e o de retenção; ele funciona por meio de um plugin que a instituição de ensino inclui em seu sistema de gestão. O valor do sistema, que é mensal, depende do número de alunos e cursos da instituição.
No módulo de captação, que está à venda desde o início, a ferramenta funciona como uma ‘isca digital’ para captar o aluno em potencial. Acima de tudo, o principal atrativo é o teste vocacional, em que no final, a pessoa é direcionada para o curso superior mais adegado ao seu perfil.
Ao fazer o teste, a instituição consegue captar lead (dados de um possível aluno) de uma forma muito mais assertiva e ainda reduz o gasto em captação, que costuma ser muito alto, defende Fernanda Verdolin, da edtech.
“Então o custo do lead fica muito inferior e o resultado é mais rápido porque a instituição consegue usar esse discurso de carreira para o atendimento comercial dela até a efetivação da matrícula”, explica Fernanda.
Segundo a Aceleradora de Carreiras, seus clientes já possuem resultados positivos: o número de inscritos no vestibular subiu em 20%, as matrículas aumentaram em 12% e o custo em captação diminuiu 50%.
No entanto, o módulo de retenção só será comercializado em março deste ano. Contudo, apenas as instituições pilotos usufruem do serviço, que é voltado para a área do currículo profissional do aluno, do desenvolvimento do soft skills e da conexão com as empresas.
Ambos os módulos vêm com um serviço de assessoria em marketing educacional (ferramenta de captação) e educação de carreiras (ferramenta de retenção) para que os clientes conquistem resultados.
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