NOTÍCIA
Organizações estão notando a importância da inclusão de perfis diversificados. Autista e disléxico, por exemplo, costumam ser bons em resolver problemas lógicos
Publicado em 23/10/2018
Os melhores gestores sabem da importância da diversidade em suas organizações. Pessoas com idades, formações, culturas, ideias e habilidades distintas se completam e impulsionam o crescimento de uma empresa.
Por neurodiversidade entende-se a concepção de que distúrbios neurológicos, como o TDHA e o autismo, são resultado de variações naturais da genética humana. Pessoas com essas características não precisam ser “curadas” (em muitos casos, é impossível), mas aceitas e incluídas social e profissionalmente.
Algumas pessoas consideradas disléxicas ou que se enquadram no espectro do autismo possuem habilidades muito acima da média em matemática, resolução de problemas lógicos (e logísticos), memória, capacidade de organização e reconhecimento de padrões.
No entanto, por possuírem pouco traquejo social e de comunicação, essas pessoas são barradas em processos de seleção tradicional. Assim, grandes empresas, como a Microsoft, Ford e IBM reformularam seus processos de seleção para ter acesso aos talentos neurodiversos. JPMorgan Chase, UBS, Hewlett Packard e SAP são outros exemplos.
A SAP, inclusive, divulgou seus ganhos com a iniciativa: aumento da produtividade, das capacidades inovadoras e do envolvimento dos funcionários. E talvez o melhor benefício esteja no estímulo aos gestores a impulsionarem talentos entre todos os funcionários, não apenas entre os neurodiversos.
A inclusão “nos força a conhecer as pessoas melhor, e assim você aprende a lidar com elas”, disse Silvio Bessa, vice-presidente sênior de negócios digitais da SAP, à Harvard Business Review.
Leia também:
Competências para o mercado: todos precisam ser líderes?