BOAS PRÁTICAS | Edição 206 Universidade São Judas Tadeu inaugura Centro de Direitos Humanos que oferece apoio jurídico a vítimas de violência por Juliana Duarte Ajudar o próximo foi o ponto de partida para a criação do Centro de Direitos Humanos (CDH), uma iniciativa da […]
Publicado em 16/02/2016
BOAS PRÁTICAS | Edição 206
Universidade São Judas Tadeu inaugura Centro de Direitos Humanos que oferece apoio jurídico a vítimas de violência
por Juliana Duarte
Ajudar o próximo foi o ponto de partida para a criação do Centro de Direitos Humanos (CDH), uma iniciativa da Universidade São Judas Tadeu (USJT), localizada em São Paulo (SP). Inaugurado em 2015, o espaço promove orientação jurídica a homossexuais, transexuais, deficientes físicos, imigrantes e pessoas de outros grupos sociais que já sofreram algum tipo de violência. Gratuitos, os atendimentos ocorrem de segunda a sexta-feira e são voltados a membros da comunidade do entorno do campus, a alunos e a ex-alunos da instituição – é necessário agendar as consultas com antecedência.
Idealizado pelo diretor Fernando Herren Aguilar e pela coordenadora de curso Solange Gonçalves, ambos da faculdade de direito, o espaço conta com uma eficiente infraestrutura. “Começamos a trabalhar em um local totalmente equipado, com salas, móveis e computadores. Os responsáveis também possibilitaram a contratação de professores em tempo integral, estagiários e bolsistas”, comenta Karl Albert Diniz de Souza, coordenador do CDH.
Além de oferecer auxílio jurídico à comunidade, o projeto visa a capacitação de estudantes da instituição. “É uma forma eficaz de praticar o que foi aprendido em sala de aula”, afirma Souza. Os alunos passam por uma formação específica e complementar para participar de todas as etapas dos atendimentos, desde a triagem até os encaminhamentos necessários.
A equipe responsável pela iniciativa é multidisciplinar. Advogados, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e pesquisadores de diferentes áreas atuam juntos nas atividades do Centro. Com apenas dois meses de funcionamento, o espaço já realizou 17 atendimentos e recebeu um retorno positivo dos assistidos. Uma ação de destaque foi a orientação sobre reintegração de posse oferecida aos moradores de uma comunidade carente situada nas proximidades. “Em pouco tempo, pudemos posicioná-los sobre o que estava acontecendo e quais seriam as medidas possíveis naquele momento”, conta Karl.
Os bons resultados funcionaram como estímulo para a ampliação do projeto neste ano. A ideia é levá-lo para outro campus da instituição, no Butantã. “Além disso, queremos aumentar o atendimento a refugiados, já que se trata de uma realidade atual”, diz o coordenador. Também está prevista a criação de programas voltados para as mulheres.