PESQUISA | Edição 203 Semesp expande análise e publica o Mapa do Ensino Superior no Brasil – 2015, uma radiografia do setor de educação superior no país. Pesquisa apresenta dados gerais e por estado O Semesp lançou no dia 7 outubro, em Brasília, a quinta […]
Publicado em 19/10/2015
PESQUISA | Edição 203
Semesp expande análise e publica o Mapa do Ensino Superior no Brasil – 2015, uma radiografia do setor de educação superior no país. Pesquisa apresenta dados gerais e por estado
O Semesp lançou no dia 7 outubro, em Brasília, a quinta edição do Mapa do Ensino Superior, estudo realizado desde 2011 pela assessoria econômica do sindicato. A pesquisa – antes voltada apenas ao Estado de São Paulo – passa agora a abranger todos os estados brasileiros. “Os dados surpreendem”, afirma Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do Semesp, no texto de abertura do relatório de estudo. Entre os anos de 2000 e 2013, as matrículas em cursos presenciais nas IES brasileiras (privadas e públicas) cresceram 129%. Enquanto o número de instituições públicas passou de 176 a 301 no período, o de particulares saltou de 1.004 para 2.090.
Outros dados dão a dimensão do setor para a economia brasileira: em 2013, as instituições de educação superior no Brasil empregaram mais de 778 mil profissionais, sendo 384 mil docentes e 394 mil funcionários técnico-administrativos. No mesmo ano, do total de trabalhadores brasileiros com carteira assinada, 18,5% tinham nível superior completo e 45,2% haviam concluído o ensino médio – dados que deixam claro o potencial de expansão do setor. Enquanto a remuneração média dos trabalhadores que têm apenas o ensino médio é de R$ 1.712, o salário daqueles que concluíram o ensino superior é, em média, de R$ 5.030.
Do total de 995 mil estudantes que concluíram o ensino superior em 2013, 765 mil frequentaram cursos de instituições privadas. A região Sudeste, mais populosa do país, é a que concentra o maior número de matrículas em cursos presenciais: 47,2%. Na sequência estão as regiões Nordeste (20,9%), Sul (15,6%), Centro-Oeste (9,4%) e Norte (6,9%). Quanto às matrículas em cursos EAD, há um maior equilíbrio: o Sudeste ainda lidera, com 37%, seguido pelo Nordeste (20,3%), Sul (19,7%), Norte (12,5%) e Centro-Oeste (10,5%).
Cursos
Direito, administração e pedagogia lideram a lista de cursos presenciais com maior número de matrículas. Em EAD, pedagogia assume o primeiro lugar, seguido por administração e serviço social. Entre os cursos tecnológicos, gestão de pessoas, gestão logística e análise e desenvolvimento de sistemas estão no topo da lista.
Entre os 20 cursos presenciais com maior número de concluintes na rede privada, medicina – 17ª colocada em número de matrículas – lidera em taxa de graduação: 83,6% dos matriculados concluem o curso. Em seguida aparecem serviço social (60,4%) e pedagogia (59,9%). Em EAD, o curso de pedagogia é o primeiro colocado, com 44,8%, seguido de gestão ambiental (42,1%) e gestão pública (37,9%).
A taxa de alunos desistentes é maior entre os cursos de EAD, chegando a 29,2% entre os estudantes da rede privada e a 25,6% na pública. Para os cursos presenciais, as taxas são de 27,4% e 17,8%, respectivamente.
Fies
O estudo do Semesp inclui dados do Fies até o 1º semestre de 2015, quando uma série de restrições derrubou o número de novos contratos. A queda é dramática principalmente em comparação com o ano de 2014: a projeção é de que, em 2015, a redução fique em torno de 50%. Entre 2010 e junho de 2015, o acumulado chegou a 2,1 milhões de contratos. Juntos, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro possuem mais da metade dos contratos firmados no Brasil (1,08 milhão).
O Mapa do Ensino Superior no Brasil – 2015 ficará disponível para associados no site do Semesp (www.semesp.org.br).