Revista Ensino Superior | Mitos e perigos - Revista Ensino Superior
Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

Notícias

Mitos e perigos

Teses de dupla da Universidade da Califórnia são contestadas por especialista em neurociências

Publicado em 10/09/2011

por Valéria Hartt

Ao lançar O Mito dos Três Primeiros Anos (1999), John Bruer, especialista em ciên­cias cognitivas, deu voz aos céticos que desafiam muitas das afirmações difundidas pelas neurociências. Atacou o Efeito Mozart, propagado nos anos 90 por Gordon Shaw e Frances Rauscher, da Universidade da Califórnia, que anunciavam ter provas científicas de que a instrução em piano e canto aumenta a habilidade de raciocínio abstrato em crianças. Para Bruer, tratava-se de uma conclusão carente de evidências para apoiar qualquer tipo de intervenção.

O pesquisador também critica a ênfase na importância dos primeiros anos. Ampara-se na plasticidade cerebral – a capacidade humana de desenvolver permanentemente o complexo diagrama de conexões criado pela formação das sinapses – e defende um processo contínuo de aprendizagem ao longo da vida.

“Histórias em que a experiência de crianças durante seus primeiros anos de vida irão definitivamente determinar suas habilidades estocásticas [de refletir], suas futuras carreiras e sua habilidade de criar relacionamentos amorosos têm pouco embasamento nas neurociências”, aponta.

Sob o olhar das neurociências, são visões complementares. Nosso cérebro é plástico e pode desenvolver-se até a senilidade ou a morte. Mas também existem evidências de que há momentos mais receptivos, chamados de “janelas de oportunidades”, quando o cérebro está mais apto a aprender.  

O perigo é que isso pode levar à visão errônea de que déficits de aprendizado se tornam permanentes fora do período receptivo, como alertou Bruce McCandliss, da Cornell University.  Para demonstrar sua tese, o pesquisador realizou treinamento com um grupo de japoneses adultos, para que pudessem perceber o /r/ e o /l/ como fonemas distintos. Os resultados comprovaram que, com pouco tempo de treino, os sujeitos foram capazes de adquirir os contrastes fonéticos e mantiveram essa habilidade.

A própria OCDE adverte para os perigos dos “neuromitos”: citar dados de um estudo pertinente e, depois, extrair um significado que ultrapassa as provas apresentadas na experiência original. E atesta: não existem provas científicas da relação entre densidade sináptica no início da vida e um aumento posterior da capacidade de aprendizagem, o que “não significa que a plasticidade do cérebro, em geral, e a sinaptogênese, em particular, sejam irrelevantes para a aprendizagem, apenas que mais pesquisas se fazem necessárias”.

Autor

Valéria Hartt


Leia Notícias

pexels-thisisengineering-3861969

Inteligência artificial pede mão na massa

+ Mais Informações
pexels-george-milton-6953876

Mackenzie cria estratégia para comunicar a ciência

+ Mais Informações
Doc Araribá Unisagrado

Projeto do Unisagrado na Ti Araribá faz 26 anos e ganha documentário

+ Mais Informações
pexels-andrea-piacquadio-3808060

Mais de 100 IES foram certificadas com selo de incentivo à Iniciação...

+ Mais Informações

Mapa do Site

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.