Ensinar sempre foi uma tarefa exigente. Em primeiro lugar, por ser essencial à vida em sociedade. Em segundo, pela imensa responsabilidade que carrega um professor na vida daqueles que forma. Portanto, estar bem preparado para falar do mundo atual é fundamental. Aqui listamos 10 livros que interseccionam comunicação e educação.
Uma boa base histórica e conceitual ajuda o educador a ter uma leitura do campo comunicacional. Dois livros cumprem bem essa função introdutória:
Teoria da comunicação – Ideias, conceitos e métodos
(Editora Vozes, 2009) traça um panorama teórico, partindo de ideias clássicas e chegando ao complexo emaranhado da cibercultura;
História das teorias da comunicação
(Loyola, 2005), de Armand e Michèle Mattelart, mapeia correntes e escolas, mostrando as tensões entre as diferentes visões.
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Palavra e discurso
(Editora Ática, 2007), de Maria Aparecida Baccega, traz uma abordagem interdisciplinar. Esclarece, por meio de análises linguísticas, as disputas de poder que ocorrem na mídia e na sociedade em geral. Este conhecimento é valioso para entender e aproveitar o poder do discurso. Até mesmo em sala de aula, na relação com o educando.
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Educar é preparar para o mundo.
Opinião pública
(Vozes, 2008), de Walter Lippman, mostra a manipulação e a formação dos consensos levada a cabo pelos meios de comunicação, preparando professor e aluno para entender o mundo que os cerca.
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A teoria da agenda
(Vozes, 2009), de Maxwell McCombs, busca entender o impacto da comunicação no mundo. Mostra que aquilo que a sociedade discute é, em grande parte, determinado pelo que está na mídia. O que não é veiculado fica de fora das agendas social e de políticas públicas.
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Em
Antropológica do espelho
(Vozes, 2006), Muniz Sodré teoriza sobre a constituição de uma nova forma de vida, um bios midiático, que transforma as relações humanas e leva a novas situações comunicacionais e de conhecimento.
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Educomunicação
(Mauad, 2002), de Ângela Schaun, traz a comunicação – e, mais do que isso, os seus processos – para a sala de aula. O estímulo através da mídia tem se mostrado um eficaz recurso didático, e esta obra busca mostrar como aplicá-lo.
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Educar hoje em dia é também estar presente no mundo digital. Uma extensão da sala de aula que apresenta inúmeras possibilidades de interação com o conteúdo abordado. Mas é necessário conhecer esse terreno, sob pena de fracasso didático. Massimo di Felice reúne textos sobre o tema em
Do público para as redes
(Difusão Editora, 2008).
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Pensemos agora que tudo o que fazemos em sala de aula é nos comunicar. A eficácia de nossas aulas depende do quão bem o fazemos. E uma ótima reflexão sobre isso está em
Até que ponto, de fato, nos comunicamos?
, de Ciro Marcondes (Paulus, 2004)
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Por fim, uma convergência bem pensada em
Mídia, educação e cidadania
(Vozes, 2005), de Pedrinho Guareschi e Osvaldo Biz. Mostra-nos como, enquanto formadores, somos fundamentais na balança de poder da sociedade, e como temos a chance de formar cidadãos conscientes de sua condição e mais bem preparados para a vida pública.
Clóvis de Barros Filho
é doutor em Direito pela Universidade Paris VI e em comunicação pelas Universidades de Navarra. Atualmente, é professor livre-docente de ética e legislação da ECA/USP.
Autor
Clóvis de Barros Filho